Para Carmem Pagés, chefe da Unidade de
Mercado de Trabalho e Seguridade Social do Banco Interamericano do
Desenvolvimento, o melhor momento para o Brasil pensar no fortalecimento do seu
sistema previdenciário é enquanto a população é jovem, o que facilita a
aprovação política de reformas e diminui seu custo.
O livro Melhores Aposentadorias,
Melhores Trabalhos, editado pelo BID, afirma que até 2050 a população
brasileira com mais de 65 anos se multiplicará por quatro, passando de 13 a 51
milhões e, destes, 40% não terão uma aposentadoria contributiva e dependerão do
estado ou de suas famílias.
O estudo destaca a necessidade de se
operar uma reforma previdenciária que fomente a criação de empregos formais:
tal medida impulsionaria a produtividade e, consequentemente, o crescimento.
Se hoje há 10 trabalhadores potenciais
para cada aposentado, em 2050 serão apenas 3.
Ney Araújo
Advogado Trabalhista e Previdenciário